Fungi finds - PhotoFeed Contest - Macro Photography Round 114

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[EN]

Descending the trail from Pico da Cabeça da Formiga, in the still-fresh silence of early morning, felt like crossing a place between worlds. The damp vegetation, the muffled sound of footsteps on soil nearly soaked by the thick fog, the heavy air that seemed to hold time still — everything there invited quiet, invited attention. And it was in that silence that the mushrooms began to appear. Finally!

Small, discreet, almost hidden. Yet at the same time, completely present. As if they’d been waiting for a careful gaze to reveal their beauty. And maybe that’s what fascinates me most about them: they don’t shout for attention. They don’t try to be seen. They simply exist, with an elegance that defies the haste of those who pass by.

As I descended, tired and with my knees begging for a break, I noticed the trail was in no hurry to end. Among fallen branches, dew-covered leaves, and the earth itself, the mushrooms sprouted like tiny portals — other times, other realities. A whole universe there, just a few centimeters from the ground.

It’s curious how something so small can make you stop. It was good to breathe. The mushrooms, on that cold morning, were a quiet reminder that true beauty is often what grows hidden, far from the center, out of focus.

This is my contribution to #FungiFriday by @ewkaw and my entry for the @Photofeed Contest, round 114, under the theme Macro Photography. 🍄

_{All the content, pics and editions are of my authorship.}

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[PT]

Descer a trilha do Pico da Cabeça da Formiga, no silêncio ainda fresco do início da manhã, foi como atravessar um lugar entre mundos. A vegetação úmida, o som abafado dos passos na terra quase molhada com tanta neblina, o ar denso que parecia segurar o tempo — tudo ali convidava à escuta, à atenção. E foi nessa escuta silenciosa que os cogumelos começaram a aparecer. Finalmente!

Pequenos, discretos, quase escondidos. Mas ao mesmo tempo, completamente presentes. Como se esperassem por olhares atentos para revelarem sua beleza. E talvez seja isso que mais me encanta neles: não fazem alarde. Não tentam ser vistos. Apenas existem, com uma elegância que desafia a pressa de quem passa.

Enquanto descia, cansada e com os joelhos já pedindo pausa, percebi que a trilha não tinha pressa nenhuma de acabar. Entre troncos caídos e folhas cobertas de orvalho e a terra, os cogumelos brotavam como pequenos portais: outros tempos, outras realidades. Um universo inteiro ali, a poucos centímetros do chão.

É curioso como algo tão pequeno pode fazer a gente parar. Foi bom para respirar. Os cogumelos, naquela manhã fria, foram lembrança silenciosa de que beleza mesmo é o que cresce escondido, longe do centro, fora de foco.

Essa é a minha contribuição para o FungiFriday do @ewkaw e minha participação @Photofeed Contest, com o tema Fotografia Macro, no round 114. 🍄

_{Todo o conteúdo, imagens e edições são de minha autoria.}

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